A trajetória do produtor rural Elio Carlos de Oliveira, de 68 anos, associado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) no núcleo de Querência, é um testemunho de fé, coragem e das bases sólidas construídas pela família. Natural de Primeiro de Maio, no Paraná, ele cresceu observando os pais na lida da roça, em uma pequena propriedade no interior do estado. Foi ali que nasceu e se consolidou o espírito agricultor que o acompanharia por toda a vida.
Filho dos produtores rurais, Orestes Carlos de Oliveira e Irene Scarabote, Elio aprendeu desde cedo o valor da terra. Em 1984, casou-se com Maristela Giagio Palombo de Oliveira e juntos tiveram três filhos: Mariela, Cinthia e Arthur.
Buscando seu próprio caminho no campo, estabeleceu-se em Camapuã, no Mato Grosso do Sul, a 141 km da capital Campo Grande. Com mais experiência, dedicou-se à agricultura e à pecuária, chegando a participar de um programa de incentivo rural.
No entanto, o desejo de crescimento logo se manifestou. "Chegou um momento em que vimos que o nosso espaço era pequeno. Se queríamos crescer, precisávamos de mais terra", relembra Elio. Movido por essa vontade de expandir a produção, ele decidiu, em 1994, iniciar uma jornada em busca de solo fértil e oportunidades acessíveis. O plano inicial era ambicioso: percorrer Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão, avaliando terras, topografias e possibilidades.
A viagem, contudo, teve um ponto final inesperado e decisivo. Ao cruzar a BR-109, a paisagem de Querência (MT) o conquistou de imediato. A visão de terras planas, o solo promissor e, principalmente, a receptividade do povo local trouxeram a convicção de que ali era o lugar certo. "Quando cheguei em Querência, encontrei um povo receptivo, simples, de coração bom. Deus me encaminhou para cá, e entendi que não precisava seguir viagem", conta o produtor rural com nostalgia.
O que começou como um sonho individual transformou-se em um projeto de vida familiar. A propriedade, adquirida e construída ao longo dos anos, é hoje administrada integralmente pela família Oliveira, que mantém viva a tradição agrícola passada de geração em geração. Os filhos cresceram acompanhando o pai no trabalho, e os netos já convivem e conhecem a rotina do campo. A fazenda se tornou o símbolo da união familiar, onde cada conquista é compartilhada e cada desafio é enfrentado em conjunto.
Para o produtor, essa continuidade é o seu maior motivo de orgulho. A tradição iniciada por seus pais no Paraná, que atravessou fronteiras e superou incertezas, floresce hoje no coração do Mato Grosso. "Nada disso faria sentido sem a família ao meu lado", afirma.
Mesmo diante das dificuldades inerentes ao agronegócio, Elio reitera com firmeza que a ideia de desistir jamais o alcançou. “Eu não tive, em momento algum, vontade de desistir. A vontade de fazer uma área como essa era tão grande que nada me tirava daqui”, diz. A convicção de estar no lugar certo e de que ali construiria o futuro da família sempre falou mais alto.
A caminhada da família Oliveira, assim como tantas outras que moldaram o agronegócio de Mato Grosso, reforça a força de quem acredita no campo, respeita a terra e transforma o trabalho em um legado duradouro. É uma história guiada pela tradição, estruturada no apoio familiar e cultivada com amor pela agricultura.
O produtor rural Elio Carlos de Oliveira faz questão de reconhecer a importância da Aprosoja Mato Grosso na vida de quem vive da terra. Para ele, a atuação da associação foi fundamental para que produtores como ele conseguissem enfrentar os desafios e as pressões do setor.
"Nós temos que agradecer muito à Aprosoja MT pelo trabalho que ela desenvolve em favor dos produtores rurais. Porque, na realidade, se não fosse a Aprosoja MT, nós não aguentaríamos essa pressão que enfrentamos. Só com a Aprosoja MT nós damos conta de sobreviver", afirma, destacando o papel essencial da entidade.
Por Giovanna Fermam - Assessoria de Comunicação
Foto: Bruno Lopes/Aprosoja MT
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